Húngaros contra taxa<br>da Internet
Mais de dez mil pessoas manifestaram-se, dia 16, em Budapeste, capital da Hungria, contra a intenção do governo de introduzir uma taxa sobre a utilização da Internet.
Gritando «Libertem a Hungria, libertem a Internet», a multidão concentrou-se no final do dia frente ao Ministério da Economia, empunhando telemóveis com os ecrãs ligados.
Alguns desfilaram até à sede do partido Fidesz, do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, onde depositaram teclados de computador usados junto aos portões.
O protesto foi convocado através das redes sociais na sequência do anúncio de uma taxa no valor de 150 forints (50 cêntimos) por cada gigabyte de dados transferidos.
A medida prevê uma receita de cerca de 60 milhões de euros por ano e está inscrita na proposta de orçamento do Estado para 2015, que começou a ser debatido esta semana no parlamento.
As críticas choveram de vários lados, e a própria comissária europeia responsável para a comunicação digital, Neelie Kroes, não se coibiu de considerar a medida como «uma vergonha para o governo húngaro».
Reagindo à vaga de contestação, o partido Fidesz, no poder, adiantou que apresentará uma proposta de alteração, fixando a taxa no valor máximo de 2,2 euros mensais para os utilizadores particulares e de 16 euros para as empresas.